Intercooler - breve introdução e conceitos

O uso do intercooler remonta aos anos 30, 40 na aviação comercial com a instalação de turbos nos motores diesel cuja eficiencia em funcionamento oscilava entre 55 a 60%. Devido a baixa eficiência, geravam o aumento de temperaturas no ar comprimido que era produzido. E este aquecia tanto quanto maior fosse a altitude devido as baixas pressões atmosféricas porque obrigava a um maior trabalho do turbo por haver menor densidade de ar. Resumindo, quanto maior for o trabalho, maior a produção de calor transmitida ao motor.
Como medida preventiva ao baixo arrefecimento da temperatura, optava-se por uma maior quantidade de injecção de combustível, mas esta medida trazia inconvenientes como o aumento do consumo, redução da lubrificação devido a "lavagem" dos cilindros.
A solução óbvia passa, então, pela redução da temperatura do ar comprimido recorrendo ao intercooler.

O arrefecimento do ar é um dos assuntos tabus da termodinâmica. Basicamente, no mundo automóvel, consiste na redução da temperatura do ar, beneficiando a potência e a fiabilidade de um motor.
A escolha de um intercooler pode ter vários critérios. O espaço, o local, a disposição, a área frontal de arrefecimento, a construção e concepção, o tipo de metal, etc... e todos eles influenciam a eficiência do arrefecimento. Muitas vezes a decepção surge após a instalação.
A eficiência de um intercooler é dado em níveis percentuais. Um intercooler 100% eficiente deve ser capaz de arrefecer o ar quente até uma temperatura igual à temperatura ambiente. Por norma, a eficiência de um intercooler é de 70%.

Também a oposição à livre circulação do fluxo de ar criado é imperativo na escolha de um intercooler. Demasiada contra pressão aumenta a temperatura, indo contra o objectivo da colocação de um intercooler. Este é um dos grandes factores tidos em conta durante o processo de concepção. Outro factor importante é a velocidade do ar. O ar necessita de estar em contacto com as paredes metálicas de arrefecimento, mas deve ser feito de forma rapida. Se o processo for lento, significa menos caudal por estagnação do ar. Nesse sentido, um intercooler bem concebido deve ter as linhas do core alinhadas com o fluxo de ar. No caso de intercooler de saídas opostas deverá ser assim:

forge_s3_intercooler_l.jpg


No caso de saídas para o mesmo lado, deverá ter a seguinte configuração:

vertical%20flow%20intercooler1.jpg


O alinhamento deve ser feito longitudinalmente com as saídas e deve obrigar a circulação pelo core e não estar em contacto directo entre entrada e saída.


Quem tiver algo a acrescentar é so escrever. A ideia é no fim fazer-se um resumo e colocar disponível no forum.
 
A concepção do intercooler do Cupra não é a melhor, porém, segundo o que me disseram, as bocas estão separadas e obrigam o ar a circular pelo favo. Só que existe demasiada contra pressão quando o ar "choca" na parede para voltar no sentido inverso.
Pior situação é a da posterior alteração de um intercooler de saídas opostas para um com saídas para o mesmo lado. Pois o ar flui pelo sentido mais facilitado, ou seja, passa da entrada directo para a saída e assim que se começar a gerar pressão e entenda-se que a pressão é gerada pela oposição ao caudal de ar, o intercooler enche e fica preenchido por ar quente estagnado.
 
Já foi medido um carro com o mesmo setup em que houve apenas troca do intercooler do Cupra e um de saídas opostas e a diferença foi de 240 para 255cv.
 
Acabei de comprar 1 IC com saídas opostas.
Mas tenho 2 duvidas...
- Um IC frontal faz com que o carro faça menos fumo?
- É necessário dar um jeito a repro dps de montar o IC?

Se alguém me tirasse essas duvidas agradecia.
Cumps
 
Acabei de comprar 1 IC com saídas opostas.
Mas tenho 2 duvidas...
Um IC frontal faz com que o carro faz menos fumo?
É necessário dar um jeito a repro dps de montar o IC?

Se alguém me tirasse essas duvidas agradecia.
Cumps


o ic de saidas opostas è sem duvida o melhor........... esta bem explicadinho pelo user TdISPORT. sim, ao baixar a temprtura , diminui o fumo. sim podes dar mais um cheirinho................na repro
 
eu tive bons resultados com um ic de saidas opostas. e n è dos maiores. è desses q andam as vezes a venda no forum td em aluminio........ ainda nem havia a venda por aqui..........wewe.
 
O IC cupra tem 24 linhas no total para fluir o ar comprimido, as 2 linhas centrais ao meios do bocais é que têm pouco fluxo visto ai a tampa ter um formato concavo aproximando-se dessa 2 linhas, obstruindo-as e nao deixando passar ar quente do bocal de entrada para o de saida. Tendo assim 22 linhas com circulação de caudal de ar em formato de um U, ou seja entra ar quente que flui em linha recta em 11 linhas (+1linha de baixo fluxo) sendo no final encaminhado pela tampa fazendo o fluxo 360º para mais 11 linhas (+1linha de baixo fluxo) saindo arrefecido por permutação.

Espero ter-me feito entender :oops:
cumps
 
EXCELENTE TOPICO...

eu que tinha tantas duvidas na escolha do meu futuro IC, acho que a partir já é mais de meio caminho andado para decidir:clap:

Excelente iniciativa TdiSportR:clap::respect:
 
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