Retirado de: AutoBlog
Texto original: http://www.autoblog.pt/prevencao-rodoviaria-ou-caca-a-multa/
É curioso que esta problemática seja muitas vezes abordada pelos condutores portugueses em particular aqueles que já tiveram que efectuar o pagamento de alguma coima por um excesso rodoviário. Porém impõe-se perguntar se o enorme aumento da fiscalização rodoviária têm tido resultados positivos para evitar acidentes e excessos ou se têm sido mais positivo para os cofres do estado do que para essa prevenção.
Quem conduz um automóvel frequentemente já reparou que existem menos condutores nas estradas, pois existem menos automóveis em circulação fruto de uma crise económica e de uma taxa de desemprego que afecta milhares de portugueses. Isto para não falar dos sucessivos aumentos do IUC, das portagens ou das subidas constantes dos combustíveis.
Todos estes pontos negativos, afectam também a comercialização de automóveis novos, uma crise em precedentes na nossa economia, que continua a deixar muitos representantes do sector no desemprego. No entanto o estado “engordou” consideravelmente à conta de uma fiscalização diária extremamente intensa, algo que foi visualizado por qualquer condutor que utilize o seu automóvel regularmente.
Conhecendo os mais recentes números da última operação Páscoa, reparamos que os números de sinistralidade rodoviária aumentaram, mesmo com o decréscimo de trânsito e do aumento significativo da fiscalização, tanto em operações stop como através de inúmeros radares móveis e fixos espalhados pelo território nacional.
Ou seja será este o caminho para resolver a tragédia que há muitos anos se dá nas nossas estradas? Ou não serão estas medidas, ao contrários do que dizem os responsáveis, para compensar a perda de rendimento da máquina do estado?
Com a falta de investimento nas estradas, também é possível reparar que as mesmas encontram-se a piorar de dia para dia e não vêm reparações a serem feitas, para além disto existem muitas estradas com perfis perigosos, mal construídas e cheias de armadilhas. O estado em contenção parece que não querer arranjar as mesmas, e só os privados das ex-Scuts e auto-estradas é que fazem manutenção às estradas regularmente.
Se analisarmos tudo isto, será que o aumento da sinistralidade se dá só por culpa dos condutores? E porque razão com tantos radares nas estradas e sucessivas operações stop não melhoram os números? Serão todos os condutores portugueses mal formados para a prática da condução como nos querem fazer crer?
Estranho que há alguns anos para cá não se tenha visto nenhum investimento na verdadeira prevenção/sensibilização, com campanhas rodoviárias eficientes como já houve no passado. Fazem falta, e com o dinheiro que o estado recebe por ano em coimas, está na altura de investir algum desse “lucro”, não em mais radares mas sim nessas campanhas, com uma nova abordagem junto das escolas de condução e em especial dos futuros encartados.
A verdade é que em muitas das vezes, mais do que existir uma verdadeira caça à multa com radares dissimulados, era importante uma presença permanente que tem como efeito dissuasor, das nossas polícias. Porque os condutores abrandam sempre que vêm alguma patrulha de agentes, ou simplesmente um automóvel caracterizado por perto.
A verdade é que a fiscalização é necessária e impõe respeito nos condutores para que estes cumpram o código da estrada, porém isto só não chega para por um fim ao drama da sinistralidade rodoviária no nosso país. Nem a quantidade de investimento que foi feito em radares, em que a maioria se encontra oculta em locais estratégicos do ponto de vista do aumento de verba em coimas e não por outras razões.
Se a ideia é ter inúmeros radares porque não colocar os mesmos em pontos negros das nossas estradas? Era mais óbvio aqui a prevenção, do que é em muitos locais onde costumamos ver (quando os vemos) estes dispositivos de controlo de velocidade.
Por fim resta-me também fazer referencia à atitude de muitos condutores quando em péssimas condições atmosféricas (chuva e piso molhado) como as que temos tido, conduzam da mesma forma como se conduzissem em piso seco, desrespeitando as normas de segurança rodoviária, o estado das vias e os limites ao código da estrada, exige-se bom senso porque “vale mais perder um minuto na vida, do que a vida num minuto”.
Texto original: http://www.autoblog.pt/prevencao-rodoviaria-ou-caca-a-multa/
É curioso que esta problemática seja muitas vezes abordada pelos condutores portugueses em particular aqueles que já tiveram que efectuar o pagamento de alguma coima por um excesso rodoviário. Porém impõe-se perguntar se o enorme aumento da fiscalização rodoviária têm tido resultados positivos para evitar acidentes e excessos ou se têm sido mais positivo para os cofres do estado do que para essa prevenção.
Quem conduz um automóvel frequentemente já reparou que existem menos condutores nas estradas, pois existem menos automóveis em circulação fruto de uma crise económica e de uma taxa de desemprego que afecta milhares de portugueses. Isto para não falar dos sucessivos aumentos do IUC, das portagens ou das subidas constantes dos combustíveis.
Todos estes pontos negativos, afectam também a comercialização de automóveis novos, uma crise em precedentes na nossa economia, que continua a deixar muitos representantes do sector no desemprego. No entanto o estado “engordou” consideravelmente à conta de uma fiscalização diária extremamente intensa, algo que foi visualizado por qualquer condutor que utilize o seu automóvel regularmente.
Conhecendo os mais recentes números da última operação Páscoa, reparamos que os números de sinistralidade rodoviária aumentaram, mesmo com o decréscimo de trânsito e do aumento significativo da fiscalização, tanto em operações stop como através de inúmeros radares móveis e fixos espalhados pelo território nacional.
Ou seja será este o caminho para resolver a tragédia que há muitos anos se dá nas nossas estradas? Ou não serão estas medidas, ao contrários do que dizem os responsáveis, para compensar a perda de rendimento da máquina do estado?
Com a falta de investimento nas estradas, também é possível reparar que as mesmas encontram-se a piorar de dia para dia e não vêm reparações a serem feitas, para além disto existem muitas estradas com perfis perigosos, mal construídas e cheias de armadilhas. O estado em contenção parece que não querer arranjar as mesmas, e só os privados das ex-Scuts e auto-estradas é que fazem manutenção às estradas regularmente.
Se analisarmos tudo isto, será que o aumento da sinistralidade se dá só por culpa dos condutores? E porque razão com tantos radares nas estradas e sucessivas operações stop não melhoram os números? Serão todos os condutores portugueses mal formados para a prática da condução como nos querem fazer crer?
Estranho que há alguns anos para cá não se tenha visto nenhum investimento na verdadeira prevenção/sensibilização, com campanhas rodoviárias eficientes como já houve no passado. Fazem falta, e com o dinheiro que o estado recebe por ano em coimas, está na altura de investir algum desse “lucro”, não em mais radares mas sim nessas campanhas, com uma nova abordagem junto das escolas de condução e em especial dos futuros encartados.
A verdade é que em muitas das vezes, mais do que existir uma verdadeira caça à multa com radares dissimulados, era importante uma presença permanente que tem como efeito dissuasor, das nossas polícias. Porque os condutores abrandam sempre que vêm alguma patrulha de agentes, ou simplesmente um automóvel caracterizado por perto.
A verdade é que a fiscalização é necessária e impõe respeito nos condutores para que estes cumpram o código da estrada, porém isto só não chega para por um fim ao drama da sinistralidade rodoviária no nosso país. Nem a quantidade de investimento que foi feito em radares, em que a maioria se encontra oculta em locais estratégicos do ponto de vista do aumento de verba em coimas e não por outras razões.
Se a ideia é ter inúmeros radares porque não colocar os mesmos em pontos negros das nossas estradas? Era mais óbvio aqui a prevenção, do que é em muitos locais onde costumamos ver (quando os vemos) estes dispositivos de controlo de velocidade.
Por fim resta-me também fazer referencia à atitude de muitos condutores quando em péssimas condições atmosféricas (chuva e piso molhado) como as que temos tido, conduzam da mesma forma como se conduzissem em piso seco, desrespeitando as normas de segurança rodoviária, o estado das vias e os limites ao código da estrada, exige-se bom senso porque “vale mais perder um minuto na vida, do que a vida num minuto”.
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